quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ói! Cá eu de novo


Preâmbulo para: "Ensaio para uma 'ontologia' da linguagem"
 
Ou, se preferir: Olha eu aqui novamente. Olha-me a retornar. Ou...

Olha eu mais uma vez aqui de novo. 
Para me expor ao ridículo. 
Ou podendo ser "bem" visto: 

Louco, doido.
Asno, santo.
Grande pequeno.
Poeta pela saco
Filósofo pseudo fi.
Magro autêntico. Olhos castanhos. Pele branca. Cabelos quase negros.

Para, apenas, ser aplaudido. 
Ou vaiado com espanto.
Dos vários papéis, que fiz!

De nenhum me orgulho tanto.
Das várias facetas da alma.
E também dos seus encantos.

O que importa mesmo é falar. 
Pelo crivo do fogo passar.
Sem temer o juízo alheio e nem desafinar.

Com ousadia e respeito.
Simplicidade e prudência.
(Com o respaldo do prefeito!!!)
No final o que vale mesmo é lapidar a alma em eterna permanência.

-Quando as fragilidades expores. Digo eu. Mais forte, hás de ficar.

Não me falem em blogs.
E-mails, cartas ou hobbies.
O lugar certo? 
O lugar certo é sempre a palavra. 
A palavra é o lugar certo.
Esconde-se nela, mostra-se nela.
Foge-se dela. Teme-se a ela.
Avaliza-se nela. Só se pode contra ela por ela.

"Porque nada se pode contra a verdade, senão pela verdade"

Por isso o risco. Suicídio, suplício.
Gosto da escrita viva.

Do gosto amargo e quente
Frio e doce.

Chuva de meteóros, ao vivo. Veneno direto da fonte. Mel direto da abelha  

ENSAIO PARA UMA "ONTOLOGIA" DA LINGUAGEM

Ensaio para uma "ontologia" da linguagem: - Essa vai para o crivo: dela própria, e ainda tem plateia. Não a ideia própria, mas a própria ideia mesma. 

É assim, que se pensa a própria ideia. É assim, que ela própria se pensa. Onde a pergunta se pergunta. No interstício das palavras, no soluço de uma vírgula, no solapo que se implica no papo. No subliminar, nas entrelinhas do ato. Aqui onde se nos escapa ao mesmo tempo que se, nos apresenta. 

O vazio no vazio... 

A falta de; que se preenche com. Que se nunca se preenche...         

Que o impele a, ou lhe expele para. 
Essa vaga ideia vaga, de totalidade. 
Que lhe descentra! Que te joga a "x" e lhe afoga em "n" ! Que te Pronomina!, Substantiva!, Adjetiva!, Proposiciona. Lhe distrai ou lhe adiciona. 
Que tu verbaliza. Que te verbaliza. 

Que é "ser língua"? 

Que se racionaliza e irracionaliza. 
Que se homifica e animaliza.
Que se identifica e se exime. Que a si lhe falta.
 
Onde está a "razão" aí. Qual a razão? 
Te conhece além "da língua". ? 
Seja ela o que for. Seja mesmo o que for ela. Conhece-te? 
Desconhece-te!? Então, desconheça-te!

Razão que a tudo pode ver? 

-É onde a pergunta se pergunta. Responde o filósofo desorientado. Vindo do leste, procurando a bússola, que esqueceu no bolso da calça que veste.

Desconhece-te!? Então, desconhece-te.

Onde está o animal, instintivo e cego, que a nada enxerga? O animal que é só vontade. E a ela tudo entrega?

-É onde a pergunta se pergunta. Responde o filósofo desorientado. Vindo do leste, procurando a bússola, que esqueceu no bolso da calça que veste.

Desconhece-te!? Então, desconhece-te.

...

É aí que a pergunta se pergunta.                                                                                              

                                                                                             (Willian Mainardes Waiga)

 

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